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É isso mesmo, Taping for the Blind é uma publicação extra oficial que circula no Texas (USA) e faz exatamente o que diz. Torna o material impresso, indisponível em áudio, em material sonoro na forma de CDs , por exemplo. Vale ressaltar que eles fazem isso com diversas revistas, além de fazer a cobertura de eventos regionais como rodeios e teatros. Os voluntários lêem e descrevem as publicações de acordo com os pedidos. O interessante é que um dos pedidos foi justamente para a revista masculina PlayBoy. O texto abaixo é de uma entrevista com a DJ Suzi Hanks, que assumiu essa tarefa depois que o antigo transcritor casou-se e foi proibido de ler a publicação pela esposa.

"Basicamente, eu sou os olhos. Tudo o que eu estou fazendo é oferecer acessibilidade ao que está lá na página", diz ela. "Eu não tenho de tentar ser sexy quando estou descrevendo as imagens. Eu sou apenas uma mulher lendo, e sai sexy se eu quero ou não."

É mais do que apenas partes do corpo, ela diz. "Isso iria ficar chato. Você está pintando um quadro. Ela quer transmitir algo através dos olhos dela, por meio de suas expressões faciais.

"Hanks repara em detalhes nas fotos como símbolos náuticos na cama, ou faz observações como, "curiosamente, na página central, parece que as tatuagens foram retocadas. As tatuagens sumiram."

Falando sério agora, uma mulher falando de detalhes no lençol? Ela deveria descrever o molusco por completo isso sim, o relevo do local. A mata, densa ou capinada, tanto faz. Ainda bem que os meus olhos funcionam. Rá!

Imagem: Braille cópia de Playboy pertencentes a Ray Charles. Foto: alguns direitos reservados a imjoshdotcom.