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O semáforo foi inventado em 1912 - por um policial de Detroit chamado Lester Wire - em duas cores, vermelho e verde e com uma campainha para avisar os pedestres da transição. Em 1920, este projeto básico foi modificado por outro policial chamado William Potts, que incluiu mais uma cor, ficando vermelho, laranja e verde. Simples, esse ícone de três cores resistiu por quase um século com mudanças relativamente pequenas, salvo a incorporação de tecnologias modernas, tais como temporizadores automáticos, LEDs e sensores de movimento. O princípio básico de um controlador de tráfego em três cores se mantém fiel à visão inicial de dois inteligentes policiais americanos.

No início do século 20, os automóveis estavam apenas começando a ganhar popularidade nas ruas de Detroit (onde trabalhava Potts) e o tráfego estava se tornando muito mais intenso. A idéia inicial para o semáforo resultou da experiência de trabalho de Potts como policial, controlando o tráfego, e vários elementos contribuíram para o sucesso de seu projeto.

Em primeiro lugar, em seu projeto, Potts escolheu as cores que são psicologicamente associadas com a mensagem que pretendem transmitir. O vermelho é classicamente considerada uma cor que representa perigo ou cautela (existem inúmeras frases e expressões idiomáticas que usam o "vermelho" como uma conotação negativa, de perigo - "no vermelho", por exemplo). O Verde, por outro lado, é uma cor reconfortante na maioria das culturas - a cor da natureza e do crescimento; de harmonia e fertilidade. O verde tem uma correspondência emocional forte com a idéia de segurança, e foi escolhido para guiar intuitivamente pedestres e motoristas de forma responsável por um cruzamento.

Em segundo lugar, o semáforo pode ser visto e informar os motoristas de vários carros em direções diferentes simultaneamente. O projeto de Potts não exigia qualquer sinal de áudio, de modo que o vento, buzinas ou outros ruídos da cidade não iriam interferir na mensagem veiculada pelo semáforo. O desenho, com quatro direções poderia transmitir quatro mensagens simultâneas para o tráfego, que era uma melhoria notável se comparada com a eficiência de um policial que consegue apenas controlar duas direções simultaneamente.

Por último, o semáforo reduziu a carga de trabalho dos policiais, eliminando o perigoso trabalho de controlar interseções ocupadas. Isso permitiu que eles pudessem se dedicar em outras tarefas como a distribuição de multas de trânsito para os motoristas impacientes. Após o sucesso do semáforo em Detroit, Garrett Morgan patenteou o projeto em 1923. Mais tarde foi a patente foi comprada pela General Electric. GE, que em seguida, começou a construção e comercialização de semáforos para o mercado nacional. Quase um século depois, o semáforo permanece como ferramenta central à vida e à segurança dos condutores e pedestres como sempre foi.

Garett Morgan - Desenho da primeira patente